Aos 43 anos, Angélica enfrentou ondas de calor, insônia e irregularidade menstrual. Os sintomas, comuns na menopausa, surgiram anos antes do esperado, mas a apresentadora de TV descobriu que eles eram de fato uma menopausa precoce.
Conhecida também como insuficiência ovariana prematura, a condição atinge 1% das mulheres, segundo a OMS. O relato de Angélica, porém, reacendeu debates sobre diagnóstico e tratamento.
A menopausa precoce ocorre quando a mulher para de menstruar antes dos 45 anos. Quando ocorre antes disso, especialmente antes dos 40, é considerada precoce. Hoje com 51 anos, a apresentadora revelou no programa Encontro da TV Globo na sexta-feira (25/4) que teve a menopausa precoce.
Sintomas da menopausa precoce
- Irregularidade menstrual ou ausência de menstruação.
- Ondas de calor.
- Suor noturno.
- Secura vaginal.
- Alterações de humor.
- Diminuição da libido.
- Sinais silenciosos.
“A insuficiência ovariana precoce impacta diversos aspectos da vida da mulher: vida sexual, perda de massa óssea, surgem sintomas de depressão, ansiedade e ressecamento vaginal. Isso assusta a paciente, pois ela não esperava passar por isso tão cedo”, diz a ginecologista Camila Martin Massutani, de São Paulo.
Sintomas como secura vaginal e alterações de humor muitas vezes são subestimados, retardando o diagnóstico. Em muitos casos, a causa da menopausa precoce é genética, mas tratamentos como quimioterapia ou cirurgias também podem desencadear o quadro.
A especialista explica que existem exames que podem ajudar no diagnóstico precoce. “A gente não precisa esperar a mulher ficar um ano sem menstruar para diagnosticar e observar. Um exame que podemos fazer para determinar se a mulher está perto da menopausa é através do exame de FSH (hormônio folículo-estimulante). Ele mede como está a reserva ovariana da mulher. Níveis altos de FSH demonstram que a paciente está se aproximando dessa fase”, conclui Cmaila.
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