Fora da mesa: veja alimentos e suplementos vetados pela Anvisa em 2025

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Em 2025, a Anvisa intensificou a fiscalização sobre alimentos e suplementos vendidos no Brasil, somando mais de 100 marcas punidas até agora. Diversos produtos foram suspensos, proibidos ou recolhidos por apresentar riscos à saúde, incluindo itens que temos sempre à mesa, como o café e o azeite.

As medidas tomadas este ano atingiram até categorias completas de produtos, como os suplementos feitos de ora-pro-nóbis (veja a lista completa abaixo). Os casos mais graves estão justamente nos suplementos: várias marcas possuem listas de ingredientes incompletas, contaminações bacterianas e até a origem e fabricação desconhecidas.

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Lista de alimentos e suplementos punidos pela Anvisa de 2025

  • 100% Full Whey (marca Fullife Nutrition) – Lote 2408J5.
    Motivo: havia na composição glúten que não foi declarado.
  • Whey Protein Piracanjuba (sabor chocolate) – Lote 23224.
    Motivo: contaminação pela bactéria Staphylococcus aureus.
  • Toda a linha Power Green (diversos suplementos vendidos on-line).
    Motivo: presença de ingredientes proibidos e alegações terapêuticas irregulares.
  • Todos os suplementos com ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata)
    Motivo: não é autorizado comercializar a planta em formato de em suplementos.
  • Produtos da linha Mushdrops da empresa Mush Mush Club.
    Cogumelos: Turkey Tail, Chaga, Juba de Leão, Reishi e Cordyceps.
    Motivo: ausência de registro de autorização sanitária para comercialização.
  • Canela-da-China em pó (marca Kinino) – Lote 371LAG2419.
    Motivo: presença de amido e de materiais estranhos não relatados nos ingredientes.
  • Polpa de morango (marca De Marchi) – Lote 09437-181.
    Motivo: presença de matérias estranhas não identificadas.
  • Champignon inteiro em conserva (marca Imperador) – Lote 241023CHI.
    Motivo: excesso de dióxido de enxofre (conservante).
  • Molho de alho (marca Qualitá) – Lote 29.
    Motivo: presença indevida de dióxido de enxofre (conservante).
  • Sorvetes da marca AICE.
    Sabores: Milk Melon, Juju Apple, Frutyroll, Nanas e Berry Chocomax.
    Motivo: ausência de declaração de alérgenos e corantes na embalagem.
  • Pós para bebida sabor café, os cafés fake.
    Marcas: Master Blends, Melissa e Pingo Preto.
    Motivo: contaminação com ocratoxina A e rotulagem fraudulenta que induzia o consumidor a pensar se tratar de café.
  • Azeites fake.
    Marcas: Serrano, Málaga, Campo Ourique, La Ventosa, Santorini, Vale dos Vinhedos, Quintas d’Oliveira, Alonso, Escarpas das Oliveiras, Almazara
    Motivo: origem desconhecida, CNPJ irregular ou análises laboratoriais insatisfatórias.
  • Suplemento alimentar líquido marca Abstiny.
    Motivo: produto de origem desconhecida.
  • Suplementos da empresa Cibos Suplementos.
    Motivo: irregularidades na fabricação.
  • Suplementos e energético da Ozotonek.
    Motivo: falta de comprovação da eficácia e segurança desses produtos.
  • Linha de suplementos da Status Verde.
    Sabores: 7 Magnésios, Amora Miura, Amora Miura com Isoflavona, Chlorella, Maracujá, Maracujá com Camomila e Semente de Abóbora.
    Motivo: alegações terapêuticas e funcionais não aprovadas e enganosas.
  • Vitamina A, C, D, E em cápsulas da Alemed Nutracêutica.
    Motivo: irregularidades na produção.
  • Suplementos contendo piperina e pimenta negra.
    Motivo: ingredientes não são autorizados para uso em suplementos alimentares no Brasil.
  • Suplementos das marcas KN Nutrition, Lander Fit, Life Extension, Natrol, Now, Puritan’s Pride.
    Motivo: irregularidades na fabricação e ausência de registro.
  • Suplementos falsificados da marca Bionutri.
    Produtos: Coenzima Q10 + L-Triptofano, Magnésio Dimalato Natural, Magnésio L-Treonato Puro, Magnésio Quelato, Ora Pro-Nóbis e Vitamina D3 10.000 UI
    Motivo: falsificação frequente de lotes.

Muitos produtos foram suspensos por ausência de registro, rotulagem inadequada ou composição indevida. Em alguns casos, os artigos foram classificados como medicamentos por fazerem promessas terapêuticas, o que é proibido por lei.

A agência também agiu contra falsificações. Foram identificadas cópias irregulares de suplementos com marcas conhecidas, como Realmed, PB 8 Probiotic, Now e Life Extension.

Em vários casos, os fabricantes não foram localizados, o que impediu qualquer forma de controle de qualidade ou responsabilização por eventuais danos causados aos consumidores.

Cuidado com alegações enganosas

A agência emitiu alertas sobre propagandas enganosas de suplementos. Produtos vendidos na internet que não sejam medicamentos e prometam tratar doenças como diabetes e hipertensão ou melhorar a fertilidade são ilegais.

Suplementos alimentares não podem ser relacionados a propriedades terapêuticas. A Anvisa também reforça que os produtos são voltados a pessoas saudáveis e não substituem tratamentos médicos.

Consumidores devem estar atentos à procedência e evitar produtos com promessas milagrosas. Consultar o número de registro e desconfiar de preços baixos são formas de reduzir riscos.

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